Sunday, April 15, 2007

A nu. A cru.

Apetece-me tudo a cru. Apetece-me a bola de lã negra (ou branca), totalmente desenrodilhada e os vidros limpos. O timbre tremulo e perfeito, a genuinidade em carne.
Apetece-me tudo a nu. O bloco de notas em branco, a heroicidade do singular, a agulha na veia certa.
Quero ver o disco de vinil unicamente preenchido de negrume e brilho já obsoleto, sem qualquer risco. Quero o auto-sopro oscilante sobre a alma ofuscada.
Esta noite: apetece-me o nirvana. O murro de ar. O murro silencioso.

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