Sunday, February 25, 2007

Existem dias e Dias

Início de dia com as feridas bem abertas e a alma preenchida de negrume. Uma espécie de desmoronamento no céu. O Mundo a cair-me em cima.
A veia palpitante entrou em estado de completa letargia e Eu estava sem vómito. Quase como um corpo acabado de acordar de uma anestesia: os olhos vêm, a mente nada capta.
A espera intermitente de uma hora mais recorrente, a espera intermitente de me libertar das paredes que tão bem me conhecem. Sim, elas conhecem-me melhor que qualquer panóplia de ossos, músculos, órgãos, glóbulos e afins. Conhecem-me despida de pele, nua de mim.
Chão frio de Inverno angustiado, à espera que eu o pisasse. Noite gélida pouco apetecível, á espera que eu saí-se. E saí.
Fim de noite com gargalhadas singulares ao ouvido frágil. Esse dom que tens. Mais uma vez abri(ste-me) a clarabóia interior.

1 comment:

Guilherme F said...

"panóplia de ossos, músculos, órgãos, glóbulos e afins" *clap clap* melhor descrição ever done about a human being! xD tu escreves bem pah :o *